sábado, 2 de julho de 2011

sketches lapis azul barry windsor smith

01/07/2010



De vez em quando alguém me pergunta sobre o uso do lápis azul que sempre aparece em desenhos publicados nos livros sobre animações e nos blogs de artistas. Eu nem imaginava o quanto essa dúvida era corriqueira, e imaginava menos ainda que poderia render uma resposta interessante.

Para algumas pessoas a razão era apenas estética: deixar o desenho mais estiloso, com sensação de despreocupadamente profissional. A ideia não está totalmente errada, mas tem mais coisa aí.




James Jean

Começando por uma razão mais prática então: o lápis azul não suja tanto o papel quanto o grafite tradicional, e um esboço em azul é visto com mais clareza. Se usado em conjunto com outra cor (vermelho, por exemplo), ele dá uma ótima sobreposição, sendo possível entender as diferentes camadas de traço na hora da arte-final. Se tivermos um estudo onde cada elemento foi feito separadamente em azul, vermelho, grafite e nanquim, podemos entender com muito mais precisão cada pedaço do desenho. Assim ele pode ser muito mais facilmente vetorizado, pintado ou arte-finalizado a nanquim.

Quando falo em pintura ou arte-final, vale tanto pro processo tradicional quanto para o digital.


Joshua Middetown

Originalmente o lápis azul tinha uma outra razão primária nos quadrinhos e na animação. Um azul em especial, chamado de non-photo blue (“azul não fotográfico”, ou “não fotografável” ou ainda “não reproduzível” – mas vamos manter o nome em inglês) não era reproduzido pelos equipamentos antigos. Um artista poderia desenhar uma página em azul e fazer a arte-final a nanquim. Quando essa página era reproduzida pelas fotocopiadoras, as linhas azuis desapareciam. Atualmente os scanners captam (mal, mas conseguem) esses azuis, mas os traços que ficam podem ser facilmente separados do preto nos softwares gráficos. Sendo assim, sua função original permanece basicamente a mesma.

Exatamente como acontece com qualquer outro lápis, existem muitos tipos diferentes de lápis azuis e suas tonalidades e nomes variam de acordo com o fabricante. Os non-photo blue são identificados comercialmente por esse nome mesmo, mas podem ser difíceis de se encontrar no Brasil. Nesse caso, aqui vai uma análise rápida de alguns modelos fáceis de se achar. Acontece que o pigmento influencia no comportamento do grafite colorido. Isso quer dizer que na mesma caixa de lápis, o azul pode ter dureza diferente do vermelho. Mostramos eles aqui da maneira que saem em um scanner caseiro comum com configuração básica, sem alterações. Os aquareláveis tendem a ser mais pastosos na consistência.

Então, por exemplo:



Estes são mais duros:
Faber-Castell Polychromos Middle Phthalo Blue
Austria Marino Light Blue
Lyra Rembrandt-Polycolor Sky Blue
Austria Arnabelli Mountain Blue

Estes são mais pastosos:
Faber-Castell Albrecht Dürer Dark Phthalo Blue
Faber-Castell Polychromos Middle Azure Blue
Caran D’Ache Supracolor soft
Caran D’Ache Pablo bleu paste

O Pilot Color Eno Soft Blue 0.7 tem um tom azul esverdeado que aparentemente se aproxima muito do non-photo blue e tem a praticidade de ser um grafite para lapiseira.

Agora mais uma razão que talvez seja uma das mais legais, mas é de caráter pessoal do artista: o lápis azul cria texturas e volumes diferentes do grafite e trabalha muito bem em conjunto.  Não torna o seu desenho colorido demais e ao mesmo tempo ressalta as qualidades do grafite. O desenho adquire uma plasticidade diferente e muito agradável.

Resumindo, fica bonito.


Dave Malan

Agora, como escolher? Como funciona isso na prática?

Se você quer usar o lápis azul pelas características artísticas mencionadas, apenas escolha um azul qualquer da sua preferência.

Se você faz questão absoluta que ele saia apagado em seus scans, procure importar o Non-Photo.

Se você quer um pouco de cada e não se importa em ter que trabalhar um pouco no Photoshop para apagar algumas linhas, use um grafite ou lápis comuns que se aproximem do Non-photo, como o soft blue citado.




Barry Windsor-Smith

E vamos fechar com Barry-Windsor Smith, um incrível artista dos quadrinhos que é famoso pelo uso do lápis azul com grafite. Em seu livro de 1999, OPUS, há um trecho sobre o assunto. O gerente do estúdio de Barry-Windor respondeu uma dúvida enviada por e-mail justamente sobre a questão:

“Eu sempre me perguntei por que muitos dos desenhos do Sr. Windsor-Smith são feitos em lápis azul e grafite, e às vezes em lápis azul e nanquim. Eu vi que esses desenhos frequentemente parecem conter um “algo a mais” do que aqueles impressos apenas em preto e branco. É só imaginação? Isso é algo do qual BWS está consciente e faz de propósito?”
[e-mail original. Usado com permissão]


Caro Klaus,

Aqui é Alex Bialy, gerente do Windsor-Smith Studio. Obrigado pelo seu e-mail tão ponderado. Vou responder à pergunta o melhor que puder, talvez até mais do que você tenha pedido.

A original e mundana razão pela qual muitos dos desenhos de Barry são em lápis azul com grafite ou nanquim tem origem em seu trabalho nos quadrinhos. O processo de reprodução envolve fotografar a arte em nanquim para se fazer as chapas de impressão. O processo não “vê” certos nuances de azul, comumente conhecidos por essa razão, como “non-photo blue”. No início Barry usava o lápis azul como ferramenta de esboço apenas em seu trabalho de quadrinhos. Mas ele mais tarde desenvolveu um elo visceral entre os estágios de esboço e os posteriores estágios de refinamento com grafite ou nanquim, e começou a transpor isto para seus outros trabalhos também. Nessa época as linhas azuis de esboço eram frequentemente deixadas no trabalho como uma importante parte do conjunto artístico.
Quando eu vim trabalhar com Barry como assistente e arte-finalista, percebi, assim como você, que os originais intocados com o desenho em azul tinham um certo apelo que me fazia especular sobre a sua razão de ser. Minha experiência antes de trabalhar em quadrinhos foi com engenharia e química do estado sólido, particularmente os vários tipos de análise envolvendo ondas de luz, feixes de elétrons e raios-x. Comecei a me perguntar se diferentes comprimentos de onda refletidos pelos trabalhos de azul e preto de BWS eram resultado de algum tipo de interferência harmônica, similar à maneira com que duas ou mais notas musicais, quando tocadas junto, podem criar notas adicionais que na verdade não estão sendo tocadas. Imaginei que isso poderia contar para a vibração extra dos originais com o azul intocado. Também notei que, em um show de rock, por exemplo, áreas iluminadas por um comprimento de onda de luz azul mais curto apareciam mais claramente e visíveis em mais detalhes do que áreas iluminadas pelo luz vermelha, que tem comprimento de onda mais longo.
Outra coisa que eu pensei sobre o efeito do preto/azul é que isso tem a ver com a maneira com a qual o cérebro processa os estímulos visuais. Com ambas as versões azul e preta em uma página, talvez o cérebro as perceba independente tão bem quanto coletivamente, e isso regula uma “tensão” perceptiva de baixa frequência no cérebro entre as duas imagens, resultando no “algo a mais” ou o que quer que seja.


Aposto que você não esperava uma resposta tão longa para sua inocente pergunta, mas eu tenho que dizer que a contemplação de um fenômeno desse tipo é uma das coisas às quais você é direcionado quando está em um ambiente artístico (o que não significa que a engenharia não tenha seus atributos artísticos) e  que fazem isso tudo muito mais interessante.

Sinceramente,

Alex Bialy – Windsor-Smith Studio”

2 barry windsor smith ilustrações

Barry Windsor Smith

Poucos artistas dos quadrinhos chamaram tanto minha atenção como BWS!


Conheci seu trabalho um tanto quanto tarde,já na década de 90, através de  Arma X que comprei em um sebo!!
Nunca havia realmente me apaixonado por o traço de um artista!!
Pra quem gosta de quadrinhos o cara não precisa de apresentação!
É uma lenda!
Certo que hoje em dia produz quase nada para o mercado "mainstream" de quadrinhos!
Mas e dai??
O cara já entrou pra historia não só dos quadrinhos mas da arte em geral!
Seu trabalho em Opus é digno dos melhores artistas do mundo!

Mestre nas hachuras e em anatomia,trabalha como ninguém a perspectiva e a ideia de movimento!
Pode ser loucura minha mas vejo muita semelhança no seu traço com o do(também gênio)Katsuhiro Otomo!!

Pra mim foi o melhor desenhista do Conan(que me perdoe o mestre Buscema)!



Ele também escreveu e desenhou(arte finalizou,pintou e fez tudo)a melhor historia do Wolverine até hoje(Arma x)!
E nela uma das melhores e mais marcantes cenas já protagonizadas pelo personagem!
Essa(que eu sonhava ver em um filme,mas fica próxima):

Barry Windsor-Smith

Posted by Charley Parker at 2:24 pm
Barry Windsor-Smith
 




The Witch, by Barry Windsor Smith. This drawing always kind of freaked me out.


Conan da Cimeria

Conan da Cimeria

Conan
Dados sobre publicação
Publicado por Marvel Comics
Dark Horse Comics
Primeira Aparição Nos Estados Unidos: Conan the Barbarian #1 (1970)
Criado por Robert E. Howard
Roy Thomas
Barry Windsor-Smith
Características do personagem
Terra natal Ciméria
Afiliações Sonja
Ocupação Guerreiro da Era Hiboriana
Habilidades Mestre com a espada, artista marcial, conhecimentos e experiência de lutas contra o sobrenatural

http://imagens.kboing.com.br/papeldeparede/13188conan.jpg
Conan, o bárbaro, personagem de literatura criado por Robert E. Howard, foi primeiro adaptado para os quadrinhos pela Marvel Comics, por iniciativa de Roy Thomas e que tornaria conhecido dos leitores o artista britânico então iniciante Barry Windsor-Smith. A série inicial foi Conan the Barbarian, que surgiu em 1970. Desde 2003, os quadrinhos de Conan são publicados pela Dark Horse Comics. O personagem Conan estreiou no Brasil trazido pela Minami & Cunha Editores (M&C Editores), no ano seguinte foi publicado por 2 editoras Roval (que também publicava Kull, chamado de Koll, O Conquistador) e Graúna , esta última não possuia licença da Marvel, entretanto publicou assim mesmo sob o nome de Hartan, O Selvagem, que teve uma única edição.[1] Em 1976 passou a ser publicado pela Editora Bloch, mas se tornaria também um grande sucesso no país quando passou para a Editora Abril na década de 1980, que lançou várias revistas com o herói, principalmente "A Espada Selvagem de Conan", versão da cultuada revista americana, publicado em tamanho grande e quadrinhos adultos em preto e branco.

Conan adaptado para outros formatos

No começo da década de 70 a editora Marvel Comics começou a publicar histórias em quadrinhos de Conan, com estrondoso sucesso, e esse é o meio a que sua imagem ficou mais vinculada. Os quadrinhos de Conan foram editados pela Marvel até 2004, quando a editora desistiu dos direitos do personagem, que foram adquiridos pela Dark Horse Comics, que começou então a publicar a premiada revista Conan, mais um sucesso de crítica e de público.
Conan foi adaptado com muito sucesso para o cinema por duas vezes nos filmes Conan, O Bárbaro (em 1982) e Conan, O Destruidor (em 1984). Em ambos os filmes, Conan foi interpretado pelo ator Arnold Schwarzenegger.

A Era Hiboriana


Ficheiro:Mapa de la Edad Hiboria.jpg

Era Hiboriana
Saiba, ó príncipe, que naqueles anos em que os mares sorveram Atlântida e os vislumbres de cidades, e à época do surgimento dos Filhos de Aryas, houve uma era inimaginável, durante a qual os reinos de esplendor se espalharam pelo mundo como miríades de estrelas sob o manto azul dos céus - Nemédia, Ophir, Brithúnia, Hiperbórea. Zamora, com suas mulheres de cabelos escuros e torres assombreadas por aranhas misteriosas; Zíngara e a nobreza; Koth, fonteiriça com as terras pastoris de Shem; Stygia, com as tumbas vigiadas por fantasmas; Hirkânia, e os cavaleiros vestidos de aço e seda e ouro. Porém, o reino mais orgulhoso do mundo era a Aquilônia, soberana do Ocidente sonhador. Nesta época surgiu Conan da Ciméria, cabelos negros, olhar sombrio e espada na mão, ladrão, saqueador, assassino, assolado igualmente por gigantescas crises de melancolia e jovialidade, para pisotear os adornados tronos da Terra com suas sandálias." (Crônicas da Nemédia)
As histórias de Conan e de alguns outros personagens de Howard se passam na fictícia Era Hiboriana, uma época pré-glacial anterior ao registro da história conhecida, posterior à suposta submersão de Atlântida, segundo L. Sprague DeCamp, doze mil anos atrás, segundo outro autor, Dale Ripke, trinta e cinco mil anos atrás.
O excerto acima foi retirado do livro publicado pela Editora Conrad no Brasil[1], com os contos originais de Howard. A tradução deixa a desejar, inclusive, a referida citação contém erros que foram reproduzidos fielmente.

http://hyboria.xoth.net/maps/hyborianauctionmap.jpg

Ciméria

Conan é natural da fantasiosa Ciméria, um reino fictício do norte, considerado místico e bárbaro pelos mais civilizados reinos do Sul e que, geograficamente, corresponderia aproximadamente às Ilhas Britânicas. Os cimérios eram, supostamente, descendentes decaídos dos antigos atlantes e eram conhecidos por sua belicosidade, habilidade em escalar obstáculos e ódio aos atarracados pictos e aos ruivos vanires, dois outros povos com os quais disputavam fronteiras.

Quem é Conan

Nascido em um campo de batalhas e filho de um ferreiro, aos quinze ou dezesseis anos, Conan deixou voluntariamente sua tribo e começou a vagar pelo mundo, tendo lutado ao lado dos loiros aesires sendo, posteriormente, escravizado pelos hiperbóreos. Escapando, atuou como saqueador, mercenário e pirata, sendo esta fase uma de suas mais marcantes devido a seu grande amor, a morena Bêlit, mais conhecida como a Rainha da costa Negra, que veio a falecer nas mãos do último sobrevivente de uma raça milenar. Durante sua vida enfrentou guerreiros, feiticeiros, monstros, vampiros, demônios, lobisomens e até mesmo criaturas dimensionais. Após inúmeras aventuras, aos quarenta anos, Conan conseguiu se tornar rei da Aquilônia, que, junto com a culta Nemédia, constituíam as mais altivas e poderosas nações hiborianas. Isto se deu após uma sangrenta guerra civil, quando o cimério estrangulou o traiçoeiro regente anterior, Numedides, e usurpou o trono. Após algumas tentativas deposição, ele teria se casado com a cortesã Zenóbia e tido filhos com a mesma. Depois de cerca de trinta anos no poder, com cerca de sessenta e oito anos, Conan teria deixado o reino para seu filho mais velho, Conn, e partido para o enigmático Oeste, onde, após uma contenda nas misteriosas Ilhas de Antillia, remanescentes da desaparecida Atlântida, teria rumado com velhos companheiros de seus tempos de pirata ao obscuro continente de Mayapan, sendo que até aqui constam suas crônicas.

Personalidade e habilidades de Conan

Conan é descrito como ladrão sagaz, mercenário e assassino frio, formidável guerreiro, com olhos sombrios e mãos sempre prontas a empunhar uma espada. Vaga pelo mundo, por luta, ouro, mulheres e vinho. Detesta particularmente a magia e todos os seus praticantes. Ainda assim, ele conserva um certo príncipio ético de justiça, o que o faria, por exemplo, defender pessoas indefesas, depor governantes mesquinhos, etc. Seu deus é Crom, considerado distante e que pouco liga para o destino dos homens. É considerado invencível no combate de espadas. Possui força física avantajada e reflexos e sentidos aguçados. Ele também é um líder nato e excelente estrategista militar.


Constantes nas histórias de Conan

Duas constantes nas histórias de Conan são as aparições quase que obrigatórias de seres sobrenaturais grotescos e mulheres inversamente belas. Dentre estas, além da Rainha da Costa Negra, apareceram com destaque em suas aventuras as guerreiras Red Sonja (nos quadrinhos) e Valéria. Quase todas as bestas acabam inevitavelmente sendo mortas por Conan, e quase todas as mulheres, seduzidas por ele. Suas aventuras são sempre bastante violentas, repletas de ação, sendo que os reinos mais civilizados são mostrados como antros de corrupção, decadência, libertinagem e burocracia. O motivo disso seria a grande decepção de Howard com os rumos da sociedade moderna. Por isso, em suas histórias, aqueles que são chamados de bárbaros é que são geralmente os guardiões de uma certa ética.

Principais inimigos de Conan

  • Toth-Amon (Rath-Amon no desenho animado)
  • Thulsa Doom
  • Devorador de Almas
  • Príncipe Yezdigerd

http://www.joshuadysart.com/journal/archives/conan.jpg

barry windsor smith conan





















http://www.johnfloyd-art.com/Comic%20Book%20Art/Inks%202/images/12%20Conan%206.jpg

livro d efantasy creatures

The Explorer's Guide to Drawing Fantasy Creatures

Those of you who frequent my website may have already seen this announcement: my first book, The Explorer's Guide to Drawing Fantasy Creatures, will be released (or should I say unleashed, heh heh) at the end of July! It's a 144 page how-to-draw book aimed at a beginning to intermediate audience that includes basic art tips and information, guidance for designing creatures, and step-by-step instruction for drawing fantasy critters and their various features and accessories. It also features a whole bunch of brand new full color creature paintings! The Explorer's Guide to Drawing Fantasy Creatures is published by Impact Books, is available for pre-order online right now, and will be in stores this summer.

Please subscribe to my blog for updates about the book, special demonstrations, contests and other fun stuff!

domingo, 26 de junho de 2011

série grandes mestres: Alex Raymond

Pois é pessoal..viver é recordar as coisas boas..quando as coisas do presente se mostram nebulosas..com muitos que querem ser os maiorais, se acham..olhem só o exemplo de um cara ..responsável por uma geração de outros artistas..imbatível no bico de pena, no lápis..ele mesmo..veja a reportagem..depois dele ..flash Gordon perdeu o brilho e a graça sem falr em outros personagens muito bons..curtam


PUBLICADO NA REVISTA "ROUGH STUFF #10"

por Tom Roberts

Raymond, após ter tirado seus óculos de leitura, descansando enquanto escreve um roteiro para Rip Kirby, sorrindo para seu assistente, Ray Burns. Esta foto captura um momento do artista como a maioria dos seus amigos o conhecia: jovial e agradável.


O grande Alex Raymond tem sido uma grande influências nos trabalhos de artistas dos quadrinhos por várias gerações

Sua criação mais conhecida é Flash Gordon, de 1934. Somente isto já seria suficiente para torná-lo um imortal, mas ele também criou e desenhou Agente Secreto X-9, Rip Kirby (Nick Holmes, no Brasil), Jim das Selvas, Tim Tylers's Luck e Tillie The Toiler.

As imagens deste post são apenas uma amostra do maravilhoso novo livro do artista Tom Roberts chamado "Alex Raymond - His Life and Art" (Nota do editor: ainda inédito no Brasil... e com certeza por toda a eternidade. O jeito vai ser encontrar scan desse material e disponibilizar aqui).
ESTUDO PRELIMINAR PARA "DANÇA DO GAFANHOTO"
Esta imagem não tem grandes mudanças a partir do estudo até o desenho finalizado. Obviamente, Raymond sentiu a necessidade de melhorar os contrastes entre os elementos antes de concluir o trabalho em aguada. A composição é muito ao estilo popularizado por Albert Dorne, com o elemento do primeiro plano olhando para o leitor, fazendo com que ele "entre" na cena como se fosse um participante adicional.


ESTUDO PRELIMINAR PARA "TRABALHO PESADO"
Com a linha do horizonte dividindo o desenho ao meio, é interessante notar e estudar o uso da perspectiva por Raymond e o sistema utilizado por ele para estabelecer os diferentes planos onde se encontram o homem e a mulher, que estão de pé.


DESENHANDO PARA A ESQUIRE

Raymond, na tentaviva de preencher a vaga deixada por George Petty na revista Esquire Magazine, tenta imitar com esta pin-up o estilo de Petty. Raymond estava aparentemente desconfortável com a aparência do pé direito parcialmente escondido atrás da perna oposta, e o escondeu sob os lençois no trabalho final.

"SONETO PARA UMA NOIVA"

Este desenho encantador estava emoldurado e exposto na parede do estúdio da casa de Raymond. O original deste desenho está agora nos Arquivos da Divisão de Desenhos e Fotografias da Livraria do Congresso dos EUA. Foi obtido em 2003 e faz parte da coleção de J. Arthur Wood.


"SONHOS"
Este desenho foi publicado apenas uma vez, pela revista Esquire, enquanto Raymond estava vivo. E foi publicado em preto e branco no Livro Anual do Colégio de washington em 1941. Raymond foi convidado a compor a mesa de jurados em um concurso de beleza do colégio naquele ano.


SOLDADOS NA FILA DE RECEBIMENTO
Embora, sem dúvida nenhuma, tenha trabalhado a partir de uma fotografia, o traço solto na imagem acrescenta uma vitalidade à imagem, que poderia ser uma cena estagnada.


A LÍDER DE TORCIDA
Raymond usa todos os truques para adicionar movimento e emoção a esta simples cena: a figura na diagonal, o megafone na perpendicular sobreposto pela figura, o agitar da saia e a oscilação do bracelete. Embora não seja evidente nesta reprodução, a análise do desenho original mostra os estudos do posicionamento da saia, trabalhando para o equilibrio correto de seu comprimento e leveza do tecido.

ORGULHOSA POR SERVIR
Provavelmente trabalhando com uma modelo fotografada, Raymond criou esta ilustração antes de se alistar na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial. Uma versão impressa do poster estava exposta no estúdio da casa do artista.

MECANICOS TRABALHANDO
Esta ilustração apresenta uma composição muito estranha e incoerente, diferindo de outras imagens militares mais trabalhadas. Uma sensação desarticulada em uma imagem pode acontecer quando um artista faz estudos separados e elementos individuais são acrescentados ao conjunto para criar uma cena. Mas não há nada que prove que foi isto que aconteceu neste desenho.
TRAÇANDO O CURSO
Major Blaine H. Baesler, USMC, retratado nesta ilustração, capta as boas lembranças e as amizades de Raymond. É lamentável que essa ilustração impressionante, juntamente com várias outras pinturas que Raymond fez para a Marinha, tenham desdaparecido ao longo do tempo.


ESTUDOS DE PERSONAGENS PARA RIP KIRBY
Tentando criar um elenco de personagens suficientemente interessantes para poder vender a idéia ao Syndicate. Feito espontaneamente, sem qualquer tipo de material de referência, este estudo demonstra a pura habilidade de desenhar de Raymond. Eles capturam com precisão o problema eterno dos artistas em pegar uma idéia pessoal e torná-la uma imagem concreta para benefício de outras pessoas que não conseguem visualizar de forma criativa.


REVISTAS
Após sua temporada na Esquire Magazine nos anos 40, Raymond fez várias tentativas e publicou seus desenhos em revistas masculinas de luxo, cada uma com legendas de duplo sentido. "Você gosta da minha cereja" é o título do artista para esta ilustração. O desenho foi feito ao estilo de Rip Kirby dos anos 50.


PAGAN LEE

As mulheres foram introduzidas como vilãs nas histórias logo após a Segunda Guerra, em filmes, novelas de rádio e tiras de jornais. As 'femme fatale' fizeram várias aparições nos filmes noir de Hollywood, anates e depois da Guerra. Este desenho também foi feito para um portfólio de divulgação do Syndicate em 1947. O traço solto e o movimento do cabelo dá uma maior vitalidade ao desenho impedindo que ele se torne estático.



Os principais jornais dos anos 30, como o Collier's e o Saturday Evening Post, publicaram várias ilustrações em duas cores em suas páginas e Matt Clark (1909-1973) foi um dos artistas ilustradores que contribuiram com seus trabalhos. No final de 1934, Flash Gordon apresentou o crescimento da paixão de Raymond pelo estilo de Clark, e isso continuou nos anos seguintes, quando o desejo de Raymond em se tornar um ilustrador para revistas veio à tona. Seus desenhos foram padronizados ao estilo popular de Clark. O modelo para a ilustração acima foi seu irmão, Paul Dillon, adaptando depois o rosto e o físico para o de Flash Gordon.